Radiofrequência e Fisioterapia.
A radiofrequência é um tipo de corrente de alta frequência que gera calor por conversão, atingindo profundamente as camadas tissulares promovendo a oxigenação, nutrição e vasodilatação dos tecidos.
A radiofrequência, nos últimos anos, tem sido utilizada no mundo inteiro, sendo incorporada pela Fisioterapia na modalidade ablativa para o tratamento de lesões musculares, tendinosas, articulares e dor crônica, e na área da dermato-funcional.
Radiofrequência na Fisioterapia.
A radiofrequência é um radiação no espectro eletromagnético que gera calor compreendida entre 30 KHz e 300 MHz, na Fisioterapia utilizamos entre 500 khz e 2000 khz. Esse tipo de calor alcança os tecidos mais profundos gerando energia e forte calor sobre as camadas mais profundas da pele e tecidos mais profundos, mantendo a superfície resfriada e protegida, ocasionando a contração das fibras colágenas existentes e estimulando a formação de novas fibras, bem como relaxando tecidos mio-tendíneos.
A radiofrequência é indicada em todos os processos degenerativos que impliquem na diminuição ou retardo do metabolismo, irrigação e nutrição, sendo em geral em patologias crônicas principalmente as fibroses, contraturas, e resistência ósteo-mio-articular e dor. Também é indicado por provocar aumento da vasodilatação e irrigação abaixo da zona tratada, além da oxigenação e nutrição dos tecidos.
A utilização da radiofrequência no assoalho pélvico ligado a Fisioterapia uro-ginecológica vem crescendo bastante no intuito de melhorar a fibrose e contratura destes músculos que fazem parte do assoalho pélvico melhorando os casos de incontinência urinária, fecal e a flatos que sejam causados por uma disfunção desses músculos.
Na
Dermato-Funcional os efeitos térmicos da radiofrequência provocam a
desnaturação do colágeno promovendo imediata e efetiva contração de suas
fibras, ativando fibroblastos ocorrendo a neocolagenização alterada em
diâmetro, espessura e periodicidade, levando a reorganização das fibras
colágenas e subsequente remodelamento do tecido.
Portanto, o efeito da radiofrequência nas
alterações ósteo-mio-articular com frequência entre 500 e 1000 khz e no tecido
colágeno com frequência acima de 1000 khz é bastante estudado e apresenta boa
fundamentação científica.
Por: Dr. Denner Fonseca.